segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Semana da Consciencia Negra


“A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram, o tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura”.
(Gabriel, o Pensador, Lavagem Cerebral)

A identidade negra no Brasil ainda é um processo em construção. Isto porque, mesmo sendo uma nação que é fruto da miscigenação de várias raças, entre elas a negra africana, (47% dos brasileiros são afro-descendentes – Censo IBGE, 1991) ainda convive-se com o preconceito, no dia a dia, uma espécie de nazismo fora de época e de sentido.
“A favela é a nova senzala”.
“Na Bahia ainda existe a Etiópia”.
Enquanto 81% das famílias brancas têm acesso à água potável, esta percentagem cai para 64% entre as famílias negras ou mestiças. O desemprego é também uma dura realidade. Dados do IBGE de 1999 apontam que 85% dos desempregados são negros.
Atualmente algumas leis, polêmicas, tentam minimizar esse erro histórico, de submissão da raça negra. É necessário assumir a identidade negra e lutar, pois infelizmente a discriminação muitas vezes ainda está na “cabeça do próprio negro”.
Afinal de contas, ser negro não é ser marginal, feio, inferior ou incapaz: ser negro é lutar, não apenas diferenciar-se pelo critério da cor, dos traços físicos.

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